quinta-feira, 25 de julho de 2019

Eu não sei que dia é hoje, mas provavelmente é um dia comum, como todos têm sido até hoje.

É engraçado pensar que eu só publiquei aqui uma vez esse ano, também é engraçado pensar que eu não senti tanta vergonha quanto eu esperava sentir ao ler as últimas publicações.

Não é como se eu tivesse algo pra dizer, mas ver outra pessoa escrever me deu vontade de tirar o pó desse lugar, nem que seja pra contar coisas aleatórias e desconexas.

Depois de enfrentar a maior tempestade que eu vivi até hoje, eu tô tendo uns dias de calmaria. É como se eu tivesse aprendendo a andar depois de muito tempo no chão. Enfim, tô colocando as coisas no lugar.

Há uns dois dias eu saí com meus amigos, coisa que não faço há meses e provavelmente essa é a coisa mais incomum que eu tenho pra contar. Sair com eles me trouxe um tipo de alegria que eu não sentia faz um tempo, não sei, o tipo de alegria que mostra que as coisas não são tão escuras quanto eu penso.

A verdade é que é difícil escrever aqui agora, eu meio que criei uma aversão a me expor, então não tem muito que eu possa contar.

Acho que isso é suficiente por hoje, ou pelos próximos meses.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Abutres

Eu tenho refletido sobre o meu hábito de convencer a mim mesmo de que certas pessoas são importantes pra mim, quando, na verdade, não são nada além de pessoas que há muito não são mais conhecidas, que aparecem somente quando lhes convém e que depois vão embora, só voltando quando precisam novamente.

Eu tento me convencer de que é recíproco o afeto que tanto falam que sentem por mim, muitas vezes até mesmo dizem me amar. Confesso que as palavras que escrevem geralmente são bonitas, porém tão vazias, infelizmente fedem à mentira. Por bem ou por mal, viver me fez um cético em relação às pessoas. Por mal, minha mente me tortura por duvidar.

Mas isso ocorre pouco antes de sumirem por tempo indeterminado até que precisem de mim novamente, então voltam, com o mesmo sorriso no rosto, com a mesma conversa de sempre e eu novamente tento me convencer de que aquilo tudo é real, mesmo vendo por trás das máscaras, mesmo vendo a faca que carregam, que ainda tá suja com meu sangue, que novamente espera pra ser usada quando eu virar as costas.

Eu tentava me convencer de que essas pessoas estariam lá por mim quando eu precisasse delas, mas isso foi só até lembrar de que ninguém nunca me escutou quando eu gritei por socorro, de que todos meus demônios foram mortos por mim mesmo, sem nenhuma ajuda, isso os que já não tomaram posse do meu corpo e que me fazem ser o que sou agora.

Às vezes me pego pensando onde estava esse amor que tanto dizem sentir quando  agiram, ou melhor, quando agem sem levar em consideração nenhum dos meus sentimentos. Me pergunto o que faz com que pensem que está tudo bem me usar como um simples boneco e depois me guardar numa gaveta até que queiram brincar novamente.

O pior disso tudo é eu me conhecer o suficiente pra conseguir me persuadir toda vez.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

mais um dia

Mais um dia, assim como foi ontem e assim como vai ser amanhã. Eu acordo e minha primeira visão é uma televisão antiga, tão pouco usada que já não fica ligada na tomada. E um toca discos, que  não tem tocado nada. Me levanto e começo mais um dia.

O ponto alto dos meus dias é ver meus amigos, mas hoje não, hoje eu não vou sair de casa. Hoje eu vou ficar sozinho comigo e eu odeio a minha companhia.

O dia se resumiu em nada, nada além de coisas que eu não deveria estar pensando. Não conversei com ninguém, pois trocar meia dúzia de mensagens não é uma conversa, o que reforça a minha teoria de que tem algo de errado comigo. Mas tudo bem, tá tudo bem, eu já me acostumei com isso. Ontem foi assim, hoje foi assim e provavelmente amanhã vai ser também.

Mas não pense que eu vivo de lamentos. Apesar de não estar como eu queria estar, eu sinto paz nisso tudo. O silêncio é como um velho amigo e a solidão é como uma amante fiel. Qualquer coisa que tente mudar a ordem do que tudo tem sido é estranha pra mim.

E eu não sei o que vai ser a partir de agora, talvez eu continue deitado, talvez eu vá cantar pra solidão, talvez eu vá escutar o silêncio. Mas eu espero que o amanhã seja diferente do hoje e do ontem. Espero que eu veja meus amigos. Espero que essa grande engrenagem pare.

sábado, 28 de abril de 2018

Eu nunca soube criar títulos mesmo

É uma madrugada agradável, porém solitária. Todas as madrugadas são meio solitárias, mas deixa isso pra lá. Eu tô escrevendo isso enquanto escuto Mac DeMarco, que todo mundo deveria escutar.

Não tem o que colocar aqui, não quando eu costumava vir aqui pra depositar as merdas que estavam acontecendo comigo antes que eu explodisse. Talvez eu já tenha explodido e nem me dei conta ainda.

Eu não sei quais foram as últimas coisas que eu deixei aqui, então eu vou, sei lá, falar algumas coisas que aconteceram. Eu cortei o cabelo. Eu me formei na escola. Já que eu me formei os dias ficaram mais solitários. Eu comecei a tocar violão. Minha família adotou uma gata filhote. Ela morreu. Eu fiquei arrasado. E só.

Os dias tem sido realmente parados. Nada novo tem acontecido. Eu já não sinto mais vontade, nem necessidade de escrever. Então considere isso um até logo. Talvez eu fique muito tempo sem aparecer por aqui, então, sei lá.

Meu twitter é @deadmencanwalk e o meu curiouscat é esse aqui. Se quiser falar qualquer coisa de forma anônima ou não, vai em frente. Se cuida.

sábado, 3 de março de 2018

Não sei como dar um título pra isso

Eu sempre achei as madrugadas meio poéticas
Afinal, é nela que a gente pensa nas decisões que não foram tão éticas
Todos os "te amo" sem sentimento
Acho que eu só queria viver o momento
Sentir, tentar achar sentido em existir
Mas eu não consegui, eu não senti
Eu continuo encarando a vida como um traidor
É que tem vezes que ela me ajuda, mas as vezes é ela que me faz sentir dor
Será que tudo depende de mim mesmo?
Eu só quero não sentir mais medo
Eu só quero sentir sem medo
Eu só quero achar uma razão, um caminho
Desculpa a poesia barata, eu só cansei de ser sozinho

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Sobre o Futuro

Eu queria não usar isso como um diário, mas no fim, é só o que eu consigo escrever. Peço desculpas. Mas desculpas pra quem? Ninguém lê isso, inclusive, acho que é isso que faz com que eu me sinta tão confortável pra escrever aqui.

Quando a gente faz 17 anos, junto com a idade vem uma pressão muito difícil de suportar: Geralmente o último ano do ensino médio, faculdade, emprego, alistamento, o futuro em si. É muita pressão pra tão pouca idade, sem contar a cobrança dos pais e familiares, que é o pior.

Sobre a escola, eu comecei a faltar desde a quinta série, depois que eu saí da internação por causa dos problemas com açúcar. Desde então, eu nunca me senti bem lá, eu nunca senti que lá fosse o meu lugar. Vocês podem chamar de birra, dizer que eu não tinha força de vontade, mas eu queria sim ser um aluno presente, tirar boas notas, ter amigos na escola. No fim, eu não consegui, por um bom tempo eu fui como um fantasma, até que no terceiro ano do ensino médio eu me resolvi comigo mesmo e me fiz presente por um bom tempo, fiquei mais próximo dos meus amigos da classe, até que eu me formei.

Uma das pressões eu tirei das minhas costas, mas ainda tem o emprego, a faculdade, o alistamento. Eu não vou mentir, eu era um péssimo aluno. Eu me dava bem em algumas matérias, mas em Física, Matemática e Português, eu sou horrível. Levando isso em consideração, eu acho muito difícil que consiga fazer uma faculdade. Então é algo que eu nem considero. Sobre o emprego, eu sinto que minha timidez vai me atrapalhar muito na hora das entrevistas, mas é algo que eu posso superar, pelo menos eu espero que possa. Sobre o alistamento, confesso que eu tenho medo de ser chamado. Mas não é algo que tem me atormentado, apesar de eu me estressar quando minha família fica insistindo nesse assunto.

Pra ser sincero, eu queria estudar pro ENEM, pra essas coisas necessárias pra uma faculdade, mas me parece tão difícil fazer isso sozinho. As vezes eu queria um pouco de ajuda, porque eu não sei nem por onde começar.

Bom, eu comecei isso querendo falar de uma coisa e terminei falando de outra, então eu vou ficar por aqui mesmo. Eu só queria colocar isso em algum lugar, antes que eu exploda, sabe?

Sobre o Futuro

Eu queria não usar isso como um diário, mas no fim, é só o que eu consigo escrever. Peço desculpas. Mas desculpas pra quem? Ninguém lê isso, inclusive, acho que é isso que faz com que eu me sinta tão confortável pra escrever aqui.

Quando a gente faz 17 anos, junto com a idade vem uma pressão muito difícil de suportar: Geralmente o último ano do ensino médio, faculdade, emprego, alistamento, o futuro em si. É muita pressão pra tão pouca idade, sem contar a cobrança dos pais e familiares, que é o pior.

Sobre a escola, eu comecei a faltar desde a quinta série, depois que eu saí da internação por causa dos problemas com açúcar. Desde então, eu nunca me senti bem lá, eu nunca senti que lá fosse o meu lugar. Vocês podem chamar de birra, dizer que eu não tinha força de vontade, mas eu queria sim ser um aluno presente, tirar boas notas, ter amigos na escola. No fim, eu não consegui, por um bom tempo eu fui como um fantasma, até que no terceiro ano do ensino médio eu me resolvi comigo mesmo e me fiz presente por um bom tempo, fiquei mais próximo dos meus amigos da classe, até que eu me formei.

Uma das pressões eu tirei das minhas costas, mas ainda tem o emprego, a faculdade, o alistamento. Eu não vou mentir, eu era um péssimo aluno. Eu me dava bem em algumas matérias, mas em Física, Matemática e Português, eu sou horrível. Levando isso em consideração, eu acho muito difícil que consiga fazer uma faculdade. Então é algo que eu nem considero. Sobre o emprego, eu sinto que minha timidez vai me atrapalhar muito na hora das entrevistas, mas é algo que eu posso superar, pelo menos eu espero que possa. Sobre o alistamento, confesso que eu tenho medo de ser chamado. Mas não é algo que tem me atormentado, apesar de eu me estressar quando minha família fica insistindo nesse assunto.

Pra ser sincero, eu queria estudar pro ENEM, pra essas coisas necessárias pra uma faculdade, mas me parece tão difícil fazer isso sozinho. As vezes eu queria um pouco de ajuda, porque eu não sei nem por onde começar.

Bom, eu comecei isso querendo falar de uma coisa e terminei falando de outra, então eu vou ficar por aqui mesmo. Eu só queria colocar isso em algum lugar, antes que eu exploda, sabe?